O peso de ser útil, mas não essencial
A carne pede prazer imediato; o espírito busca sentido eterno — daí nasce o conflito que nos desgasta.
Por que não basta ser bom?
Ter profissão, segurança financeira, ser bom com o próximo, cumprir mandamentos, participar de obras sociais e frequentar igreja: tudo isso é necessário, tudo isso é bom — mas nenhum desses itens garante salvação. São frutos, não causa. A carne pode acumular méritos; porém, a salvação exige algo que a carne não dá sozinha: morrer para o mundo e aceitar o Salvador.
“Morrer para o mundo” não é gesto simbólico rotulado por orgulho; é renúncia prática: abandonar o mérito próprio, aceitar que não somos suficientes e permitir que Deus nos transforme.
Quando a graça entra em cena
A esperança não está nas mãos humanas. Está na misericórdia de Deus. Sem amor e misericórdia divinos, ninguém chegaria ao fim do caminho. A graça é o motor que nos atrai e nos sustenta quando a carne falha. Sem ela, a renúncia se torna espetáculo vazio; com ela, a renúncia é transformação.
Conclusão
O vazio atual nasce da confusão entre função e essência. O mundo oferece substituição; Cristo oferece identidade. A única saída real é morrer para o mundo — doloroso e necessário — e deixar-se alcançar pela misericórdia. Tudo o mais são tentativas de tapar o buraco com coisas que passam.
Exemplos do vazio
- Relações rápidas: promessas ao vento, mensagens que aparecem e somem. Você vira opção, não prioridade. Não há despedida, só ausência.
- Amizades utilitárias: vêm para pedir favor; somem quando o favor acaba. A reciprocidade virou moeda rara.
- Emprego e carreira: elogios pela manhã; corte de custos à tarde. A estabilidade virou ilusão: hoje essencial, amanhã dispensável.
- Redes sociais: atenção efêmera; validação que some tão rápido quanto chegou. Curtiu = valor; silêncio = insignificância.
"Junte-se a nós! Unidos somos mais fortes"
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